Ontem, o Grêmio confirmou a volta do Renato Gaúcho no lugar do ex-técnico Vanderlei Luxemburgo.
Em seus dezesseis mêses no cargo, Luxemburgo não entregou o resultado que a diretoria do Grêmio esperava. Mesmo com grande investimento para contratações, a campanha gremista na Copa Libertadores deste ano foi um fracasso.
Há anos que o Luxemburgo não é mais o mesmo. Foi engolido pela vaidade e a fama. Desde seus tempos no comando da seleção, vive em busca de elogios e publicidade e, aos poucos, se tornou numa caricatura dele mesmo.
Mudar de técnico durante a temporada raramente dá certo. Às vezes, tem aquela ‘lua de mel’ no início, em que o time consegue uma sequência de bons resultados, talvez porque o elenco se esforça mais para impressionar o novo treinador. Mas, cedo ou tarde, tudo volta ao normal.
É por isso que não vejo mais o Grêmio entre as quatro vagas para a Libertadores do ano que vem. Tem pelo menos quatro times mais entrosados e melhor preparados.
No entanto, é muito bom ver o Renato Gaúcho de volta ao futebol brasileiro. Nunca entendi por que ele não recebeu mais elogios como treinador. Talvez seja por causa da imagem dele, do garotão da praia. Imagino que seria difícil ser levado a sério quando todo mundo só consegue pensar em você na Copacabana, de sunga.
Renato ainda não é um ótimo treinador, mas é um bom treinador com potencial para se tornar ótimo, ou até excelente.
As diretorias de clubes brasileiros ainda têm medo da palavra ‘projeto’ – que, por acaso, é uma das palavras prediletas do Luxemburgo. Com demissões rápidas e sem segurança no cargo, técnicos brasileiros são mais cautelosos e o papel de treinador se reduziu ao de um cheerleader bem pago.
Renato Gaúcho, por ser ídolo da torcida gremista, tem chances de fazer um trabalho longo e bem sucedido no Grêmio. Tomara.